terça-feira, 1 de maio de 2007

Treinagem do galo combatente

O preparo físico do galo combatente representa fase de grande importância nas lides galísticas, uma vez que, além de certos conhecimentos muito peculiares à tarefa, requer do “tratador” boa dose de argúcia, paciência e a indispensável dedicação aos animais em “trato”. O assunto é longo e se estende em pormenores e regras, que devem ser religiosamente observadas, se quisermos que nossos “pupilos” façam boa figura nas futuras competições a que irão ser submetidos, proporcionando-nos satisfação, além de confiança na categoria das aves que criamos. Não obstante ser o assunto um tanto longo e pormenorizado é escopo deste trabalho, se assim isto pode ser definido, desenvolver a tarefa de forma sucinta, esperando que algo de proveitoso venha a ser assimilado pelos adeptos deste emocionante esporte, traduzindo-se em prática bem sucedida se rigorosamente adotada.
É de importância a idade ideal para darmos início ao preparo físico de um frango. Nas raças leves, como por exemplo, nas de tipo banquivoide, um frango já estará completamente formado aos nove meses, mas, nas pesadas, de tipo malaioide, tal só ocorrerá aos onze meses e às vezes mais. Um animal submetido precocemente a exagerados exercícios físicos e a “escorvas” sucessivas, poderá em pouco tempo esgotar-se, a ponto de não mais lhe reconhecermos qualidades apreciáveis. Nunca devemos, portanto, iniciarmos o preparo físico de um frango antecedendo aos onze meses. Antes dessa idade, se ainda não teve qualquer “trato” ou “ensaio” é o animal considerado “chucro” na gíria galistica.
Escolhidos os frangos para preparo, a primeira operação a ser posta em prática será a tosagem. Aparam-se à tesoura, rente à pele, as penas laterais do pescoço, conservando-se as da esclavina e as da parte anterior. Procede-se da mesma maneira com as posteriores e laterais das coxas, estendendo-se tal prática às que encobrem a parte ínfero-posterior do corpo da ave até o final da quilha. Ficarão, assim, descobertos os locais que serão submetidos a massagens e aplicação de substâncias tópicas destinadas ao enrijecimento da pele.
Para o primeiro cotejo, procuremos parelha preferencialmente da mesma idade, do mesmo peso e altura e que também ainda não tenha sido experimentado. Protejamos com “tapadeiras” apropriadas os “botões” já despontando e deixemo-los brigar vinte minutos ou mais se não houver domínio acentuado de um sobre o outro. Isto, porque certos animais se desajeitam com o método de briga do antagonista e são dominados em poucos minutos, ficando a mercê dos golpes do adversário, que se por natureza possuir melhor resistência, for realmente bom e bater duro, poderá lhe acarretar sérios danos. Não desanimemos, entretanto, com o animal caso se mostre inferiorizado. Experimentemo-lo em outras oportunidades com parelhas diferentes e só após termos certeza de que suas qualidades são negativas, o destinaremos a outro fim que não o dos rinhadeiros.
No decorrer de cada “batida”, “cotejo”, “escorva” ou “ensaio”, como a gíria galistica determinou esta prática, caber á ao tratador observar com perspicácia a maneira de brigar de cada frango e analisá-los devidamente, julgando suas qualidades e pesando desapaixonadamente todos os prós e contras, para certificar-se do sucesso deste ou daquele cruzamento. Assim, deverá ter preferência o animal que mantiver por todo tempo um bom método de briga, jamais passando a cabeça sob a presa do adversário, movimentando o pescoço continuamente e procurando a briga pelos dois lados, empurrando o oponente, trazendo-o sempre colado ao seu corpo e sob a vigília de sua presa. É claro que existem variados sistemas de briga, que de muito credenciam um galo combatente, mas, dentro de cada um deles encontramos particularidades que individualmente destacam esse ou aquele animal, levando-nos à sua preferência. Nesse caso, enquandram-se, sua rapidez em golpear, sua precisão e potencia nas pancadas, como também, sua resistência orgânica, completada por fibra incomum, própria dos verdadeiros campeões. São pontos fundamentais que não podemos desprezar e que de muito pesam na decisão de uma luta.
Mas, após os frangos escorvados e submetidos à necessária limpeza na cabeça, pescoço, pernas e garganta, onde devemos retirar gosma que ali se acumula com o auxilio de uma pena e uma lavagem local, levemos a afeito com uma escova molhada de cerdas meio dura, ligeira fricção nas partes descobertas a fim de ativar a circulação. A seguir, mantendo-se presas suas pernas, façamos em sentido do comprimento do pescoço vigorosa massagem com o dedo indicador e grande médio abertos em V, usando-se sabão para auxiliar a deslizar a mão. Na base do pescoço, executemos essa massagem com os dois citados dedos encolhidos, terminando-se essa operação com leves pancadas com a ponta dos dedos. Sob as asas e nas pernas, após o emprego da escova e do sabão, executemos a mesma massagem, com o polegar e o indicador e a seguir, pancadas com a extremidade dos dedos. Após, para se obter pele mais insensível aos golpes, poderemos usar uma solução adstringente à base de álcool, raiz de barbatimão, casca de raiz de tinguaciba e folhas de eucalipto. Há quem junte a tal infusão, solução aquosa de quebracho, o que serve para proteger o galo com verdadeira couraça, por vezes, de efeito contraproducente, pois que afeta de certo modo sua mobilidade durante a briga.
Terminados os exercícios, massagens e banho, coloquemos o animal no “passeador” para que seque completamente, adquira fôlego, resistência e se beneficie ao máximo com os efeitos dos raios solares. A próxima “batida" ou “traquejo” não deverá ser levada a efeito antes de quinze dias. Aí, já devemos iniciar os frangos “embuchados” e “enchiqueirados” e, após quinze minutos, retiremos as biqueiras para que os combatentes não se acostumem a não fazer presas. Aliás, todo tratador deve ter sempre à mão vários tipos de “tapadeiras” ou “embuchadeiras”, em tamanhos que sirvam para frangos de “botões", galos de “batoque” e de espora, além de biqueiras para os dois bicos, ou somente para o bico superior.
Para quem dispõe de tempo e número limitado de galos, nada melhor que diariamente submetê-los ao trato de escova e banho de sol. Em dias alternados, pois, devemos exercitá-los pela manhã da seguinte maneira:
1. Exercícios de saltos em areia fofa e após algum descanso, rodopios para a esquerda e direita com a mão no pescoço do galo.
2. Flexão do pescoço em sentido horizontal e vertical e após, movimentos de alongamento e encurtamento de S, seguindo-se algum descanso. A seguir, ginástica de rotação do pescoço para ambos os lados, o que deverá ser feito com cautela e suavemente. A melhor posição para estes exercícios, embora incômoda, será a do tratador, permanecendo de cócoras, prender com os joelhos a ave, ficando o peito da mesma para frente e os flancos sob seu controle, mantendo-a assim devidamente imobilizada.
3. Exercícios de asas, que consistem em segurar com cada uma das mãos uma asa do paciente, deixando-o suspenso no ar e obrigá-lo a movimentos de vaivém em sentido vertical determinado número de vezes até notarmos cansaço no animal.
Finalizadas estas práticas, ficará o combatente alojado no passeador para o necessário banho de sol, sendo antes, porém, submetido ao “trato” de escova conforme já foi explanado. Devemos sempre nos preocupar em proceder a uma espécie de rodízio nos galos ou frangos em preparo, isto é, todos os dias trocarmos os animais dos passeadores que se avizinham a fim de que um não se habitue com a presença do outro, o que teria o inconveniente de arrefecer sua belicosidade e consequentemente contribuir para a sensível diminuição de sua movimentação, coisa prejudicial e perfeitamente evitável.
Quando os animais em preparo demonstrarem condições favoráveis para um treinamento mais intenso, podemos, diariamente, submetê-los às ginásticas já aconselhadas e subseqüentes massagens, sem entretanto, exagerarmos nesses misteres. A ocasião então, será propícia para uma “escorva” com “biqueiras”, que poderá se alongar por uma hora, sendo os primeiros quinze minutos sem “biqueiras”, e meia hora subsequente com “biqueiras” e o final quarto de hora novamente sem esse apetrecho, a fim de que os galos ou frangos não se acostumem a não apresar. Aliás, este inconveniente pode ser perfeitamente evitado, usando-se “biqueira” exclusivamente para o bico superior. Nem todos os galos, entretanto, habituam-se a não apresar quando treinados com “biqueiras”, mas os que demonstrarem essa tendência, somente deverão ser “escorvados” com a “biqueira” para o bico de cima. Os animais mais exercitados, adquirem grande fôlego e aprendem a dar as “soltas” ou “tiros de pés”, recurso de grande eficiência, principalmente quando vêm a perder bico numa luta.
Atualmente, há quem utilize processos mecânicos para a treinagem dos galos, como por exemplo, os passeadores concêntricos, isto é, em forma circular, sendo um externo e o outro interno, guardando suficiente distancia para as aves não se alcançarem, ou em um único círculo, com dispositivo para obrigar o galo a se locomover, sendo este acionado por uma manivela, do lado externo. Também, a mesa de saltos vem sendo utilizada por vários criadores, dada a sua fácil fabricação e comprovada eficiência. Esta mesa é constituída por uma tábua forrada de lona, presa numa das extremidades por duas dobradiças e na outra, repousando sobre duas molas que lhe darão um movimento de gangorra. Serve para muitos exercícios, principalmente os de saltos e se constitui em verdadeira “cama elástica de galos”.
Estão aqui, pois resumidas, as práticas usuais mais aconselháveis na treinagem dos galos de briga. Outros exercícios poderão ser adotados, é claro, variando de acordo como o que se nos parecer mais lógico e eficiente. São práticas só adquiridas com o tempo e tirocínio de cada um. O espirito de observação deve atuar, tanto no sistema do trato, como na escolha dos parelhas com os quais iremos cotejar os animais em preparo, a fim de termos plena convicção das qualidades combativas realmente possuidoras dos nossos guerreiros de penas para que não pequemos na classificação deste ou daquele combatente, colocando nosso atual entusiasmo acima da realidade, o que nos será sumamente prejudicial.
Cabe ao tratador, também, observar se os animais em preparo estão progredindo com o treinamento ou apresentando estado de estafa, perdendo peso além do requerido para sua perfeita desenvoltura na briga, ou engordando em demasia. São fatores que merecem grande consideração de nossa parte, não se desprezando outros, como a alimentação adequada, instalações apropriadas e, principalmente, a boa origem do plantel, ponto de partida para o total sucesso de nossa empreitada.

31 comentários:

redneckpunkbar disse...

tem algumas semanas tem
dar propionato 'de testosterona
umas 2 semanas , ciclando com
stanozolol

redneckpunkbar disse...

tem algumas semanas tem
dar propionato 'de testosterona
umas 2 semanas , ciclando com
stanozolol

filipe88 disse...

dosagens variam 10 mg semana testo


5 mg stano a cada 3 dias

tudo intramuscular

Unknown disse...

esse exercicio de asa tem q pega na ponta da asa?qual o movimento q ele tem q fazer??
nao entendi??

Unknown disse...

a casa do galo tem q por areia, pode serra,baguaço, ou pode deixar ele so na madeira?

Anônimo disse...

oi colegas gostaria de ter informaçoes sobre acessorios para
galos(bico, esporas...), onde comprar, sites, telefone
wlw

e mail: robin.t.r@hotmail.com

Anônimo disse...

eu quero compra um galo bom q ja tenha briga,pq eu so apalho aki em belem. e eu qr compra mais um bom mesmo.96-8801-6813, vcs pode me ligar por favor

Anônimo disse...

to comesando agora a mexer com galos de qual forma e feito as flexões vert.e horz. e o alongamento e encurtamento em galos ? pesso a ajuda de vcs que são mais esperientes....
obrigado.

Anônimo disse...

como faço para adquirir bicos para galos.

Anônimo disse...

Caro amigo! gostaria de saber se vc conhece alguma medicação para o galo quando ele esta brigando caso vc conheça poderia me informar o nome e onde posso conseguir?

Anônimo disse...

poe a cerragem pq se nao da calo

cleiton disse...

queria sabe qual os medicamentos para a preparacão de um galo para briga

Ray alves disse...

Muito legal

Unknown disse...

Qual o Nome do Remédio q alivia o pulmão do Galo, Antes da Briga...??

Anônimo disse...

c0m0 eu fasso para meu galo pegar corpo que tem alguma raçoes q possa dar a eles ?

Anônimo disse...

Como fazer uma biqueira de proteçao para o treinamento dos galos

Anônimo disse...

Eu tenho um bom pra vend se vc enteresa

Anônimo disse...

Qual remedio eu posso da para deixa meu galo mas acressivo

Anônimo disse...

Da tezao de vaca q se o galo for bao ele vira um tiro . C o seu galo de certo vai fika bom mais c morre nao tenho culpa no meu deu certo

Anônimo disse...

Basicamente o trato é isto, só que dependendo da região (nordeste por ex. )o banho de sol deve durar 30 min ou menos e os frangos ficam em passeadores na sombra.
Quanto a tosar ser a primeira coisa a fazer , discordo. Prendo os frangos novinhos , 8 meses e de 15 em 15 dias damos um tombinho leve ,aqui agente chama da um cheiro. Cada 2 cheirinho é 1 mês a mais. tozar e operar, so com o frango classificado, com uns 10 meses , o resto , panela.
Bem Gum

Unknown disse...

Que remédio e bom para pulmão do galo

Unknown disse...

Que remédio e bom para pulmão do galo

Anônimo disse...

Mopa

Unknown disse...

Fragos novo quando corre Duas vezes cria certo toda vez corre do outro e bem novo meu fragos nem pega briga Aida coloquei Duas vezes correu né cata me respode

Unknown disse...

Fragos novo quando corre Duas vezes cria certo toda vez corre do outro e bem novo meu fragos nem pega briga Aida coloquei Duas vezes correu né cata me respode

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Meu galo ele brigava cm outro meu aq agr ele ta correndo do nada vc sabe oq é ?

Anônimo disse...

Cruzamento mal sucedido galo combatente de raça apurada não corre nem em briga braba "
Procure ter uma galinha boa e um galo bom de raça que ele briga até deitado "

Anônimo disse...

Não existe galo de briga. Existe é gente desumana a ponto de promover este tipo de barbárie. entrem voces, num ringue, sem comida , para brigar por um pedaço de carne. são racionais, nao são ? saberão , ao menos o que estão fazendo, ao contrário dos pobres animais que ficam a mercê destas monstruosidades. A que ponto chegamos... Vergonha alheia. Bando de selvagens.

Unknown disse...

Não existe raça pra espora brava não meu amigo, tente entender que todo galo pode largar do combate.

Unknown disse...

Com quantos meses é certo que um galo esteja pronto???
Só uq quero saber